quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Teoria da Deriva

A deriva é o procedimento de estudo das ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das pessoas. Baseando-se no deslocamento à deriva de uma pessoa ou de um grupo pelo espaço urbano, a teoria da deriva leva à observação e ao cálculo, que são registrados através de anotações sobre o percurso traçado, para se compreender quais fatores fizeram com que a pessoa ou o grupo passasse em determinado lado da rua ou descansaram em determinado local, etc. Analisando assim para onde e de que forma somos conduzidos pelo ambiente urbano e o que ele nos proporciona, como sentimentos agradáveis ou não. De forma antagônica à crença dos arquitetos modernos de que a arquitetura e o urbanismo poderiam mudar a sociedade, os situacionistas acreditavam que a própria sociedade deveria mudar a arquitetura e o urbanismo. Segundo Debord, a deriva urbana é uma experiência para se deixar levar pela desorientação da cidade, mas de forma objetiva, observando os locais em que nos chamam mais atenção, os que passamos sem notar, e assim montando um mapa onde alguns lugares deixam de existir e outros ganham maior ênfase, de acordo com o que foi notado durante o trajeto feito.

 A deriva tem Guy Debord como um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958. Em 1960 é lançado o Manifesto da Internacional Situacionista, organizado por um grupo de jovens franceses que tinham uma chamada "ideologia marginal". Desde então estudiosos, acadêmicos ou não, experimentam esse procedimento com interesses que vão destes simples estudos de uma cidade até a elaboração de dissertações e teses.




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